Encontramos como forma de lidar com essas questões o gesto de intervir diretamente no código constituinte da imagem digital. Propomos um desvio na lógica automática de processamento de informações de uma imagem, mas sem desconsiderar a operação complementar que deu origem à sua leitura e organização dos pixels.

O resultado são imagens abstratas cuja ruptura dos pixels programados,  inseridos a partir dos dados numéricos das coordenadas geográficas, revelam seu movimento e desvio na lógica de processamento automático das imagens digitais. Destacamos o hibridismo dessas imagens, situada nos limites entre fotografia e paisagem. Buscou-se evidenciar também, tais imagens como questionadoras sobre o paradoxo da presença da tecnologia no ambiente cotidiano onde a sobrecarga de informações é baseada no aumento do alcance dos produtos tecnológicos.